A gente não controla o que a gente sente. Se gostar de uma pessoa fosse assim, fácil, eu ainda estaria namorando. Mas não é assim que funciona. E até a gente entender que não, as pessoas não gostam da gente porque a gente quer que elas gostem simplesmente porque nós gostamos dela vai um tempo de reflexão, um pouco de raiva, um tantinho de mágoa, uma tonelada de chocolate – pra quem é saudável, rs – e mais um pouco de reflexão e até a noção de que a maldita da friendzone não existe.
Então a gente percebe que as pessoas são o que são, e sentem o que sentem, e que a gente não pode mudar isso à força, o que a gente pode fazer é, sei lá, rezar pra que algum detalhezinho nosso que tenha escapado da vista da outra pessoa faça com que ela passe a gostar da gente e – olha só, quem diria – pode ser que alguma coisa passe a encaixar, fazer sentido nessa maçaroca que são os sentimentos.
Alcançar esse tipo de “lucidez” leva um pouco de tempo, mas depois que acontece, fica até um tanto fácil de explicar. Mas é ÓBVIO que algo vai dar errado no caminho, porque como eu disse ali em cima, as pessoas são o que são e sentem o que sentem. E é compreensível, claro, quando alguém não consegue entender o processo todo.
Mas alguém pode me explicar por que raios catódicos eu acabei de ser acusada de não me interessar por uma pessoa que se diz apaixonada por mim, como se não corresponder uma paixão fosse o pior defeito que alguém pode ter, só porque eu disse que geralmente as pessoas por quem eu me interesso não retribuem o interesse?
Só falta alguém virar pra mim e dizer que eu não mereço que o meu interesse por alguém seja retribuído só porque não me interessei por essa pessoa em específico.